Nova pesquisa da série Ipespe divulgada nesta quarta-feira indica que o cenário para o primeiro turno da disputa presidencial é estável, com Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na liderança, com 43% das intenções de voto. O petista oscilou um ponto percentual para baixo em relação ao fim de julho, variação dentro da margem de erro estimada em dois pontos percentuais.
O candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), manteve os mesmos 35% de intenções de voto que alcançava no levantamento anterior. A distância entre os dois líderes da corrida presidencial agora é de oito pontos percentuais. Era de 11 pontos há dois meses, segundo o Ipespe.
Na sequência da disputa estão Ciro Gomes (PDT), escolhido pelos mesmos 9% da última pesquisa, e Simone Tebet (MDB), que foi de 4% para 5%. O candidato do Novo, Felipe D'Avila, é citado por 1%. Os demais candidatos não chegaram a pontuar na pesquisa. Brancos e nulos somam 5% das respostas.
Para o cenário de segundo turno testado pelo Ipespe, entre Lula e Bolsonaro, o ex-presidente se manteve como a escolha de 53% dos eleitores, enquanto o atual chefe do Executivo teve oscilação de dois pontos para cima: passou de 36% para 38%. O percentual dos que disseram não saber ou que preferem não votar nem em Lula nem em Bolsonaro variou de 11% para 9% em um mês.
O cenário de estabilidade na disputa do primeiro turno observado pelo Ipespe, que faz pesquisas por telefone, converge com o que foi captado por outros dois institutos que divulgaram pesquisas nesta semana: Ipec e Quaest. Ambos fazem sondagens de opinião pública mediante a entrevistas face a face.
Esta é a primeira pesquisa divulgada pelo Ipespe desde o início oficial das campanhas e da veiculação da propaganda eleitoral no rádio e na TV. O instituto entrevistou 2.000 eleitores entre 26 e 29 de agosto. A margem de erro é calculada em 2,2 pontos percentuais para um nível de confiança de 95,5%. A sondagem está registrada junto à Justiça Eleitoral sob o código BR-04347/2022.
Rejeição e avaliação do governo
A taxa de rejeição ao presidente Jair Bolsonaro ainda é a mais alta dentre a de todos os candidatos. Mas recuou de 58% para 55% desde julho. A de Lula, por outro lado, passou de 43% para 44% em um mês.
São 39% os eleitores que dizem não votar de jeito nenhum em Ciro Gomes (mesmo percentual que havia sido registrado em julho) e 32% se negam a votar em Simone Tebet.
Além do recuo em sua taxa de rejeição, outra notícia positiva para a campanha de Bolsonaro foi a melhora na avaliação de seu governo. Classificam como ruim ou péssima a administração federal 46% dos eleitores, enquanto 35% a avaliam como boa ou ótima. A distância entre os dois grupos, agora em 11 pontos percentuais, era de 17 pontos há um mês e de 30 pontos no início do ano.
Fonte: clickpb