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MP pede impugnação de candidato em Mulungu suspeito de forjar casamento .
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Publicado em 13/09/2024

O Ministério Público Eleitoral (MPE-PB) emitiu um parecer favorável pela impugnação de Pollyan Rebouças (MDB), candidato a prefeito em Mulungu, no agreste paraibano, suspeito de forjar um casamento pra disputar a eleição na cidade, com o apoio do "ex-sogro".

O órgão investiga a denúncia feita pela coligação Unidos por Mulungu, que tem como candidata a prefeita Daniela Ribeiro (Republicanos). Segundo o documento, o emedebista teria forjado um casamento para que pudesse disputar as eleições da cidade, fato de conhecimento de toda a população da cidade.

Segundo a defesa de Daniela, Pollyan teria uma união estável com Dayanne Joyce, filha do prefeito Melquíades do Nascimento, cassado pela Câmara recentemente. Como estaria impedido de se candidatar nas eleições por causa do grau de parentesco com o atual gestor, ele teria se separado meses antes da eleição para diblar a Justiça Eleitoral.

Este ano Pollyan se casou com outra mulher para ficar habilitado a disputar o pleito. No entanto, Daniela alega na denúncia que Pollyan ainda permanece “casado” com Joyce e é apoiado pelo próprio sogro Melquíades Nascimento.

Em uma audiência de instrução que aconteceu nesta quinta-feira (12), testemunhas de Daniela disseram que Pollyan e Dayanne, mesmos separados, mantém uma vida de casal, com passeios de mãos dadas em vias públicas e postagens compartilhadas em redes sociais. "O fato é público e notório, dispensandoqualquer tipo de prova", disse um morador da cidade.

Outro fato que chamou atenção dos advogados de Daniella é que Gleyce Laurentino, a suposta atual mulher de Pollyan, trabalha como motorista da esposa do prefeito Melquíades, sogra do candidato impugnado, demonstrando que mentira tem pernas curtas.

“Portanto, o intuito de permanecer por mais de dois mandatos eletivos consecutivos, através do pedido de registro de candidatura de POLLYAN é nítido e visa burlar a legislação eleitoral.

"A Justiça Eleitoral, de modo algum, pode permitir que isso aconteça, por ser fato extremamente grave e que afronta diretamente a Constituição Federal,” afirma o parecer assinado pela Promotora Eleitoral Jaine Aretakis Didier.

Além desses fatos elencados, Jaine também apontou que Pollyan não possui residência oficial em Mulungu, cidade onde pretende ser prefeito.

“O candidato Pollyan Prynce Rebouças Soares não possui domicílio eleitoral na circunscrição em que almeja ser prefeito, uma vez que é domiciliado na cidade de Guarabira. Com efeito, o candidato impugnado não possui domicílio eleitoral no Município de Mulungu. Não trabalha, não mora e nem estuda na cidade, sendo apenas genro do ex-prefeito Melquíades.”, concluiu.

A justiça eleitoral deve decidir, nas próximas horas sobre a procedência da denúncia. A expectativa é grande no seio da população local e analistas políticos comentam que desta vez Melquíades Nascimento não vai conseguir enganar a população e a Justiça.

CASSADO PARA O BEM DE MULUNGU

Melquíades Nascimento foi cassado recentemente pela Câmara Municipal de Mulungu, acusado de cometer diversas ilegalidades a frente da prefeitura. Relatório do TCE/PB aponta que o Ex-prefeito utilizou mais de R$ 10 milhões em suplenetações de dotações sem a autorização legislativa.

Na semana passada, o atual prefeito Dyego Maradona esteve com o presidente do TCE/PB levando diversas denúncias de irregularidades na prefeitura. Em uma recuperação de estradas vicinais, Melquíades pagou mais de R$ 1,4 milhão. Levantamento da engenharia civil da prefeitura detectou que apenas cerca de R$ 300 mil foi efetivamente executado, com demonstração in loco e relatório fotográfico e de engenharia da existência de desvio de mais de R$ 1,1 milhão apenas nessa obra que está sendo executada com recursos federais.

Outro fato que chamou a atenção da auditoria contratada pelo prefeito Dyego Maradona é que mais de 90% das licitações e contratos não estão devidamente informados no Portal do Gestor. "Tem processos licitatórios que tem apenas o aviso de licitação, outros apenas o contrato sem qualquer outra informação, disse o auditor contratado pelo município.

A auditoria ainda detectou que nenhuma licitação dos exercícios de 2023 e 2024 constam nos arquivos do município. O ex-presidente da CPL e o pregoeiro disseram não saber onde estão os procedimentos. Para resguardo da gestão, o prefeito Dyego Maradona determinou a sua assessoria jurídica que informasse esses fatos ao MPPB, o MPF e o Tribunal de Contas do Estado.

Fonte: portalcorreio com Redação. 

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